28 de agosto de 2009

Dentista do Bem

Os dentes e a boca devem ser lavados depois da ingestão de alimentos, de preferência usando um creme dental com flúor e fio dental. Uma higiene ruim dos dentes dá origem à cárie, que pode ser causa de muitas doenças.
A higiene bucal é considerada a melhor forma de prevenção de cáries, gengivite e outros problemas na boca, além de ajudar a prevenir o mau-hálito. Higiene bucal é necessária para todas as pessoas tenham saúde, com dentes brancos e boca saudável.

O Projeto “Dentista do Bem” realizado por dentistas voluntários que oferecem tratamento odontológico gratuito a criança e adolescentes de comunidade com idade de 11 a 17 anos.
Ontem, este bonito projeto passou na CUFA Complexo do Alemão com a presença da Dentista Hellen, a triagem para atendimento foi feito a mais de quarenta e cinco pessoas, futuramente aqueles casos mais urgentes terão tratamento completo e uma ótima saúde bucal.

Dia do Folclore no Complexo do Alemão

Tivemos um dia super divertido, comemorando o Dia do Folclore e suas lendas. As oficinas deram um verdadeiro show, Capoeira apresentou o Maculelê, a Sala de Leitura apresentou uma linda Dança Folclórica sobre o Saci-Pererê, a dedicação da Monitora Areta ao ensaiar as crianças valeu a pena, sem falar do Futebol, pois o professor Sidney teve a brilhante idéia de dividir os times entre Saci-Pererê e Curupira, a Arte ficou por conta dos alunos do Graffiti com a confecção dos Bois-bumbá que alegraram nosso hall. No final, todos se divertiram, crianças e profissionais tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre as lendas de folclore do nosso Brasil.

O evento também proporcionou as mães o resgate da auto-estima. A profissional Zezé ficou responsável pela limpeza de pele e nossa Recepcionista, Roberta, demonstrou outro talento ficando responsável pela maquiagem.
“Foi muito bom trabalhar a auto-estima dessas mulheres, um toque a mais faz toda diferença” Roberta Rosa
“Nossa, olha que mudança, nunca pensei que fosse ficar tão bonita” Cláudia Galvão – Mãe.

Viviane Barbosa.

Intercâmbio entre bases Cidade de Deus e Complexo do Alemão

No dia 21/08 a CUFA da Cidade de Deus-CDD realizou um evento folclórico e fomos convidados pela Andréia - Monitora da sala de leitura a participar. Ocorreram diversas manifestações culturais, a turma do basquete e do skate deram um show de Hip-hop, os adolescentes do teatro tiveram a idéia de trabalhar com trava- língua e as nossas crianças representaram uma performance de dança com a música "pererê peralta" em homenagem ao Saci-Pererê em comemoração ao dia do Folclore.Já no dia 24/08 foi a vez da CDD conhecer o nosso espaço e participar da "Semana do Gibi", tivemos a honra de receber o contador de histórias Otávio Junior que mostrou como se elabora um gibi e contou um pouca da história dos personagens de Maurício de Souza. As crianças das duas bases puderam interagir, trocar saberes e ainda conhecer pessoalmente os amigos com quem se corresponderam desde a semana da amizade em Julho.
Por Areta Maria


Dia dos Pais

No dia 15 de agosto ocorreu mais uma festividade na CUFA – Complexo do Alemão reunimos alguns pais da Comunidade para comemorarmos o seu dia (09 de agosto).
Tivemos um bate papo sobre a importância da figura paterna na vida dos filhos desde o seu crescimento ao amadurecimento, apresentamos a instituição e seus objetivos, as atividades que desenvolvemos como as oficinas, palestras, eventos e outros.
No termino do encontro os pais se emocionaram com os slides das atividades desenvolvidas pelos filhos e uma poesia “Pai de todo Jeito”.
Finalizamos com um gostoso café da manhã.

Por Michelle Melo


18 de agosto de 2009

Vem aí BRADAN - Brasil Break Dance

O Break é um estilo de dança característica das periferias e faz parte do movimento Hip Hop. E o break hoje, cresceu de um modo que apenas um campeonato regional não atende a demanda de Crews ( GRUPO ), então, o Bradan foi criado para tornar realidade o sonho de muitos jovens do nosso Brasil. E com isso criamos um campeonato em cada estado, para termos uma dupla representando a sua cidade no campeonato Nacional, onde os participantes virão através da CUFA. A finalidade do Bradan, não é apenas divulgar a melhor dupla do Brasil, mais sim, em promover um evento onde o Break seja visto com respeito e profissionalismo. Dando o ponta pé inicial para a expansão e valorização dos B.boys e B.girls, e também de outras modalidades, com apresentação e workshop.
No Rio de Janeiro o evento vai acontecer nos dias 05, 12 e 19 de Setembro no Centro Esportivo e Cultural da CUFA no viaduto de Madureira sempre as 19 horas.
Aguardamos todos lá.

14 de agosto de 2009

SKATE

Num dia nublado e muito triste onde a chuva ameaçava cai do céu, na base da CUFA no complexo do alemão, havia no ar certa tristeza pela despedida de um companheiro que nos deixaria e, não só há nós, mas há uma quantidade de alunos que aprenderam a amar um esporte que, para essas crianças, era uma coisa distante, porém, o equipamento é muito caro, pois ainda são muito dependentes dos seus pais. E isso tudo que falo ainda é pouco se colocarmos a pouca estrutura, que é uma rampa a qual já está bastante precária e, alguns skates, que as vezes não dá para o uso de todos os alunos. E diante disso tudo, e do bom educador ,que de alguma forma ser dedica ao máximo a essas crianças, mostrando para todos a importância desse esporte. É pelo bom trabalho que o educador, JORGE ANDRE, nosso amigo “boi”, fez junto a toda garotada, faz dele uma profissional reconhecido não só pelas crianças, mas por todo os profissionais que com ele trabalha. E posto pelo grande prestigio que é esse profissional, foi feito uma festa de despedida para o “boi”, idealizada e organizada pelos alunos. Mas para alegria de todos, ele vai continuar dando aula para as crianças.


Por Renato Oliveira Lima voluntário do laboratório multimídia

A ESTÓRIA FALADA

Ah, uma fila na porta da sala de leitura! Livros são colocados no chão; alinhados um ao lado do outro, em cima de um tapete de letra forrado com dois plásticos de cores diferente: amarelo e vermelho. A porta se abre, as crianças se deparam com todos aqueles livros, postos ao chão e vão ao encontro deles. Mas ouvem um voz. Que voz! Fala bem suave. E fala que ainda não estava na hora para pegarem nos livros, porque primeiro, eles deviam sentar-se para ouvi o que ele, um contador de histórias teria para contar as crianças. E assim que OTÁVIO JR., se apresentou, presenteando as crianças com um belo livro chamado (GALOPE!). Deu-se início à sua trajetória contando um bela estória e depois, pediu à todos que limpassem suas cabeças, fechassem os olhos e, imaginarem uma coisa boa, e distribui uma bala à cada um. Ele fala que o sabor da bala é o mesmo sabor que temos quando lemos uma boa estória. As crianças e os educadores, puderam ter um contato dinâmico com os livros que estavam no chão até aquele momento. As pessoas liam, para si, ou o compartilhavam, junto com um amigo ou ouviam atentamente um educador ler-lhes um livro, já que algumas crianças tem dificuldades na leitura. E não só as crianças, puderam ter essa grande experiência, mas os educadores também, de alguma forma, relembraram de livros que estavam ali e, que remetiam às suas infâncias, e que para o deleite de todos ali se faziam presentes. E ao final de tudo, OTÁVIO JR., nos presenteou com mais um estória, agora de sua autoria, que como ele mesmo disse: “visa democratizar o acesso ao livro, mostrando um mundo desconhecido por muitas pessoas”.

Por Renato Oliveira Lima voluntário do laboratório multimídia

13 de agosto de 2009

Re-Cultura

Re-Cultura: Líderes culturais brasileiros se unem em prol da reforma da cultura
Gestores, produtores e agentes culturais de vários estados brasileiros se reuniram na terça-feira, 11 de agosto, com o ministro Juca Ferreira, no Auditório do Ministério da Cultura, em Brasília, para entregar o manifesto que visa um marco regulatório específico para a atividade cultural.O encontro foi um primeiro passo em direção a uma reformulação da atividade cultural no país. O Ministro afirmou que o Brasil é um país com enorme potencial de cultural, e que o brasileiro não tem noção da importância da cultura da sua nação em outros países.Esta reforma cultural é apelidada de ”RE-Cultura” e foi impulsionada pela declaração de MV Bill, rapper e um dos fundadores da CUFA - Central Única das Favelas, feita ao jornal “O Globo” no domingo, 2 de agosto, que ao protestar, visou alcançar não só as questões tributárias e fiscais, mas as novas relações de trabalho geradas pela especificidade das atividades de artistas e demais profissionais inseridos nas cadeias produtivas da cultura.

Acompanhe este Movimento Cultural acessando: www.re-cultura.blogspot.com

3 de agosto de 2009

Hip hop é Compromisso

"Semana retrasada fui surpreendido por denúncias irresponsáveis a meu respeito, numa tentativa de manchar minha imagem. Produziram um espetáculo aparentemente jornalístico que sugeria ser eu testa de ferro de empresas supostamente piratas, insinuando que desviei milhões de reais, quando não tenho sequer a minha própria empresa. E ainda tentaram induzir as pessoas a pensarem que o livro que escrevi era bancado por dinheiro público. O que é comprovadamente falso.O fato de, numa relação comercial privada, eu usar uma mesma produtora que tem projetos com a Petrobras não permite a ninguém concluir que exista alguma triangulação, como não existe! Isso inclusive já foi confirmado pela própria estatal.Só que miraram num alvo, mas acertaram no próprio pé. O curioso é que, depois, foi descoberto que a empresa questionada é uma agência da área artística reconhecida no mercado, tanto que boa parte da respeitável mídia - inclusive a "denunciante" - recorre a seus serviços. Que ironia...Mas para mim o caso não está encerrado, pois o fato de eu não ter absolutamente nada com essa história, me motiva sim a contribuir para uma grande reflexão, aproveitando essa tentativa de maldade para trazer uma discussão de verdade.Li muitos questionamentos e defesas de artistas sobre suas dificuldades para se manterem no mercado formal e legal. Li muito sobre o que hoje é quase um câncer que corrói praticamente todo o mercado cultural/artístico no Brasil: a necessidade de boa parte dos artistas e riadores precisarem de empresas que vivem da intermediação entre o patrocinador e a arte. Li sobre artistas que recorreram a essas agências culturais para formalizar seus shows que efetivamente ocorreram.E para entender melhor esse problema procurei alguns profissionais da área tributária e, entre outras coisas, pude concluir que não existe dados sobre o impacto da cultura brasileira no PIB nacional, ou seja, não existimos formalmente. Entendi que nós, profissionais autônomos, pagamos sobre o valor do serviço prestado 11% de INSS, 5% de ISS e ainda Imposto de Renda, de acordo com tabela. Além disso, todas as essoas jurídicas que nos contratarem deverão recolher mais 20% sobre o total do cachê para o INSS, independentemente do valor do serviço, e ainda correr o risco de haver caracterização de vínculo empregatício.Entretanto, não é vantagem para nenhum trabalhador permanecer no mercado informal, não há auxílio doença, aposentadoria, e nem são garantidos os benefícios dos contratados com carteira: férias, gratificação de um terço do salário nas férias, descanso remunerado, décimo terceiro, pagamento de hora extra, FGTS, etc.Na verdade, um trabalhador informal acaba ficando à margem das estatísticas e da realidade da classe trabalhadora brasileira, lembrando que a categoria de trabalhadores de "carteira assinada" sempre se destacou como minoria. No caso de profissionais ligados à cultura, essa situação ainda piora quando observamos que, além do indiscutível excesso de tributos, possuímos algumas características que, de acordo com as regras do jogo, contribuem ainda mais para elevar o custo de uma possível contratação, como, por exemplo, o fato de que a maioria desenvolve suas atividades em horário noturno e aos finais de semana. Diante dessa realidade, podemos afirmar que, do ponto de vista financeiro, é praticamente impossível contratar um profissional da área cultural através de registro em carteira.Outra característica é que as funções exercidas pelos profissionais ocorrem em períodos determinados e dificilmente são de ação continuada, inviabilizando sua contratação nesse formato.Toda essa instabilidade obviamente intimida a abertura de empresas próprias, principalmente se pensarmos nas dificuldades para se abrir uma empresa e mantêla em funcionamento neste país. E olha que nem estou falando dos artistas iniciantes, que em geral trabalham para divulgar, não por cachê, mas que estão submetidos às mesmas regras, incluindo pagamentos de músicos e todos os encargos inerentes à atividade.Mas é bom deixar claro que as coisas ditas por mim não são motivos para burlar a legalidade; pelo contrário, ela precisa ser a nossa meta, sempre. Tenho nítido que, como cidadão, espero sempre que o dinheiro público seja bem aplicado, mas não podemos esconder que quem trabalha no meio artístico acaba meio órfão, sem ter uma regulamentação própria para seguir, tendo que se adaptar a uma realidade que não é sua. Portanto, convido todos os que pensam cultura neste país, em especial os parceiros das secretarias e do Ministério da Cultura, para juntos levarmos essa discussão adiante, sem eleger um bode expiatório, mas sim construir uma nova lógica para a cultura brasileira.De certa maneira, agradeço o mal que tentaram fazer comigo, pois a conclusão a que chego é que, ao mesmo tempo em que fiquei indignado por meu nome ter surgido num rolo que não me diz respeito, sinto muito orgulho por ser um artista/militante discriminado por sua origem social, mas que está tendo mais uma vez a coragem e a responsabilidade de botar o dedo na verdadeira ferida da cultura brasileira.MV Bill é cantor de rap, escritor e um dos fundadores da Central Única de Favelas (Cufa)"

Fonte: Jornal O Globo de 02 de agosto de 2009

MV Bill na CUFA Complexo do Alemão